Amazônia
x = independently organized TED event

Theme: Onde as vozes se encontram

This event occurred on
November 3, 2023
Manaus, Amazonas
Brazil

O TEDxAmazônia chega em Novembro de 2023 pelas margens do Rio Negro, para unir vozes que se manifestam pela Amazônia e por quem a vive. O mergulho na experiência TEDxAmazônia foi pensado para refletir a pluralidade e a beleza da região que nos acolhe.

Neste ano, o TEDxAmazônia retorna para as margens do Rio Negro, no porto da cidade de Manaus, privilegiando as diferentes paisagens que compõem a Amazônia, e convida você para estar junto e cocriar essa experiência.

No TEDxAmazônia, traremos muitos assuntos que representam a vastidão amazônica: bioeconomia, geração de renda e oportunidades, produção sustentável, povos originários, línguas indígenas, desenvolvimento territorial, ciência e tecnologia, direitos da natureza, tecnologia, combate ao desmatamento, conservação da biodiversidade. Estes são alguns dos muitos temas que serão abordados.

Armazém XV
R. Monteiro de Souza - Centro
Manaus, Amazonas, 69005-370
Brazil
Event type:
Countdown (What is this?)
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Speakers

Speakers may not be confirmed. Check event website for more information.

Adnan Demachki

Ex-prefeito de Paragominas
Ex-prefeito de Paragominas Quando se tornou prefeito de Paragominas, no Pará, Adnan se deparou com um recorde incômodo. A cidade era a que mais destruía a floresta na Amazônia, para abrir espaço para o gado. A má fama estava saindo caro: não bastassem os efeitos da devastação na saúde pública e na qualidade de vida, Paragominas se via sob ameaça de perder mercados de exportação para seus produtos agropecuários, por causa de sanções dos mercados consumidores. Diante disso, Adnan liderou uma mobilização da cidade toda para criar o projeto Paragominas Município Verde, reconhecido internacionalmente, e provou que a preservação do bioma não é incompatível com prosperidade. É o contrário, na verdade.

Alana Manchineri

Liderança Jovem
Formada em biologia, Alana dedica-se a nutrir e expandir o imenso ecossistema dos comunicadores indígenas brasileiros. Ela comanda a rede de comunicadores da Coiab, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, que congrega associações e povos do Brasil inteiro. Nascida no povo Manchineri, originário da região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, Alana é parte de um grande movimento para transformar a narrativa a respeito dos povos indígenas brasileiros, na qual eles são protagonistas, e não vítimas, como de hábito.

Ana Carla Bruno

Antropóloga
Ana Carla foi ao Arizona doutorar-se em antropologia linguística, área multidisciplinar que estuda o cruzamento entre língua e cultura. Sua pesquisa é nas periferias das cidades amazônicas, onde ela estuda a imensa transformação cultural que está ocorrendo no Brasil enquanto indígenas em fuga da pobreza, da fome, da doença, da violência e da perda do território migram para as periferias das cidades. Observa de perto a violência e os estigmas que os grupos vivenciam e os processos de perdas linguísticas - e também a resistência a essas perdas.

Angela Mendes

Ativista Socioambiental
Companheira de seu pai na luta corajosa para manter vivo seu modo tradicional de vida, Angela carrega o sobrenome do seringueiro Chico Mendes, que ela perdeu, assassinado, quando era uma jovem ativista de 19 anos. Chico é um herói ambiental reconhecido no mundo todo, cujo legado segue vivo no comitê Chico Mendes, uma organização ativista que Angela preside, e no sonho de criar territórios protegidos onde as pessoas possam produzir em harmonia com a natureza.

Beto Veríssimo

Engenheiro Agrônomo
Beto é fundador do Imazon, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, uma usina científica focada na região que há mais de 30 anos produz pesquisa de muita qualidade sobre a imensa oportunidade de desenvolvimento que se esconde na floresta. Professor visitante da Universidade Princeton e Diretor de Empreendedorismo da Amazônia, ele dirige o Projeto Amazônia 2030, que se dedica a elaborar um plano de ações para mudar a trajetória da ocupação dessa região crucial para que a Terra tenha um futuro.

Bitaté Uru Eu Wau Wau

Comunicador
Bitaté tornou-se conhecido por liderar muito jovem uma expedição para denunciar invasores nas terras demarcadas de seu povo, os Uru Eu Wau Wau, história contada no filme “O Território”. Vive na aldeia Jamari, na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, na floresta amazônica, em Rondônia. Liderança do povo Jupaú, é também fotógrafo e comunicador da Mídia Índia e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia.

Bushe Matis

Gestor de Políticas Públicas
Bushe não tem o cargo mais confortável do mundo: ele é o presidente da Univaja, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. Tal vale é uma região deslumbrante, mas conflagrada, na fronteira com o Peru, tomada pela violência, disputada por madeireiros, traficantes, garimpeiros e pescadores ilegais, onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram mortos. Cabe a ele a tarefa de sonhar a paz enquanto os assassinos de seus aliados andam soltos por perto.

Celdo Braga

Compositor Natural
Há mais de 40 anos, o amazonense Celdo vem fazendo poesia, cantando e tocando os valores culturais da Amazônia, traduzindo a beleza desse mundo verde. Com o grupo Raízes Caboclas, o Imbaúba, agora o Gaponga, já gravou mais de vinte álbuns. Também se dedica ao ofício de luthier, construindo o que ele chama de “bioinstrumentos” a partir dos recursos renováveis da floresta viva.

Claudelice Silva Santos

Ativista Protetora da Floresta
Claudelice perdeu o irmão, Zé Claudio Ribeiro, e a cunhada, Maria do Espírito Santo, para a ganância de quem queria derrubar as magníficas castanheiras que eles protegiam. Treze anos depois de seu irmão subir ao palco do TEDxAmazônia e denunciar as ameaças de morte que vinha recebendo – infelizmente cumpridas –, ela volta a Manaus para contar seu plano para proteger a vida dos defensores da floresta, que afinal são defensores do mundo inteiro.

Dona Nice

Quebradora de Coco Babaçu
Maria Nice Machado Costa, mais conhecida como Dona Nice do Babaçu, trabalha com o coco babaçu desde criança, com sua mãe e as outras mulheres da comunidade. Fundou, em 1987, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, uma organização que luta pelos direitos das quebradeiras de continuar protegendo a floresta, e que hoje conta com mais de 30 mil membros em todo o país. Foi vencedora do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente e reconhecida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como uma das 100 mulheres que inspiram o mundo.

Draulio Araujo

Físico Neurocientista
Draulio nunca mais foi o mesmo depois que se deparou com o poder assombroso da ayahuasca, a medicina da floresta, cultuada por vários povos amazônicos. Formado em física, com pós-doutorado em radiologia, e respeito reverencial pelo conhecimento ancestral dos povos indígenas, Draulio virou neurocientista para tentar compreender os segredos desse sacramento, em especial seu incrível poder antidepressivo. Agora, lá do Instituto do Cérebro de Natal, volta sua atenção para a jurema, outra planta sagrada, na qual está presente o mesmo princípio ativo da ayahuasca, o DMT.

Dror Benshetrit

Designer Futurista
Artista, designer e inventor baseado em Nova York, Dror sonha com cidades que crescem como se fossem sistemas naturais, sem desperdício, sem ruído, sem sujeira, onde tudo nutre tudo. Para isso, criou o Supernature Labs, um laboratório de pesquisa que se dedica a engendrar uma nova lógica para os espaços urbanos, com cidades que, em vez de se organizarem sobre grades, germinam como se tivessem células. O resultado é deslumbrante.

Elaíze Farias

Jornalista
Natural de Parintins (AM), Elaíze tem origem indígena e formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Ela tornou-se referência em reportagens sobre povos indígenas, povos tradicionais e questões socioambientais. Há dez anos fundou a Amazônia Real, junto com Kátia Brasil, uma agência de jornalismo independente e investigativo que produz conteúdo de profundidade sobre as populações amazônicas e impactos de grandes empreendimentos na natureza. De lá para cá, vem cobrindo com independência e coragem temas negligenciados, porque envolvem conflitos de interesse entre o poder econômico e os povos tradicionais. Recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo em 2022.

Ellen Fernandes

Cantora
Cantora, compositora, etnomusicóloga, cientista social e empreendedora da arte, a manauara Ellen dedica sua vida à valorização da arte como instrumento de transformação social. Além de sua própria obra musical – lançou em 2020 o álbum Batelão da Amazônia, fincado na tradição cultural da região – tem atuado na divulgação e valorização das riquezas culturais, simbólicas e naturais da floresta. É também co-proprietária do espaço cultural e escola de música Casa Som Amazônia, em Manaus, uma referência da cultura amazônica.

Erika Berenguer

Cientista Climática
Erika Berenguer Cientista Climática Carioca, pesquisadora da Universidade de Oxford, há 15 anos Erika tem toda sua atenção voltada para a Amazônia, onde passa longas temporadas embrenhada no mato, estudando o comportamento das florestas alteradas pela ação humana. Sua maior preocupação é o fogo, produzido por ação humana, que altera toda a dinâmica da floresta, às vezes de maneira irreversível. Erika acredita que tem a solução.

Federico Pardo

Cineasta Naturalista
Biólogo, cineasta e explorador da National Geographic, o colombiano Federico já ganhou dois prêmios Emmy por seu trabalho documental. Atualmente, dedica-se ao projeto Salvando Primatas, que busca conectar os colombianos com os macacos mais ameaçados do país e apoiar ações tangíveis de conservação. Vive entre a Colômbia, os Estados Unidos e onde seus projetos o levarem.

Francisco D’Elia

Geógrafo e Emprendedor
Francisco é líder do grupo Bioverse, a primeira operação privada focada na entrega de inventário florestal não madeireiro como um serviço. Esse serviço atende à emergente bioeconomia de produtos florestais não madeireiros (PFNM) na Bacia Amazônica. Além de promover a eficiência, esses esforços fortalecem as cadeias de suprimento regionais e fortalecem as comunidades que ocupam o território.

Francisco Oro Waram

Vereador pelos Direitos da Natureza
O professor e vereador Francisco Oro Waram, de Guajará Mirim, Rondônia, que é indígena, é autor do primeiro projeto de lei do Brasil a garantir direitos a um Rio, que assim passa a receber proteção da lei como se fosse uma pessoa. A lei, que veio depois do reconhecimento dos direitos da Natureza na lei Orgânica do Município, também de sua iniciativa, reconhece o rio Laje - Komi Memem, que sustenta a vida na cidade, como portador de direitos. Nada mais justo.

Hannah Balieiro

Bióloga Socioambientalista
Cabocla da floresta, ativista, artista e arteira, Hannah vive na ponte fluvial Amapá-Pará. Diretora executiva do Instituto Mapinguari, é bióloga de formação e constrói conexões climáticas do local ao global, entre educação popular nos territórios amazônicos e incidência política em eventos da ONU. O foco de sua obra é revelar as vulnerabilidades das áreas indígenas e quilombolas, que protegem o mundo das mudanças do clima, mas são as que mais sofrem com elas.

Hugo Jabini & Wanze Eduards

Direitos Humanos & Líder Tribal
Wanze é um líder do povo Saamaka, uma comunidade de descendentes de escravizados em plena floresta amazônica do Suriname. Hugo, que também tem raízes na floresta, ajudou comunidades como a de Wanze a se organizar para lutar contra as violações de direitos humanos por parte de empresas de exploração madeireira. Juntos, eles alcançaram uma decisão histórica em favor dos povos indígenas e tradicionais, garantindo o controle da exploração de recursos em seus territórios. A vitória na justiça não foi só dos Saamaka, porque o precedente se estendeu a todos os povos da floresta do Suriname.

Izolena Garrido

Artesã e Líder Comunitária
Izolena Garrido é professora, artesã e líder comunitária da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro. Ela descobriu mais de 150 cores que a própria floresta oferece e que dão um tom especial nas biojoias que produz. Seivas, flores, folhas, sementes, cascas das árvores e dos frutos são matéria-prima para o colorido de suas peças. Mas a aplicação dos tons nas biojóias não é o único trabalho da artesã. Ela também é professora da Escola Municipal Santa Rita, que atende as crianças da comunidade, e passa às novas gerações noções de empreendedorismo ambiental.

Jander Manauara

Rapper e Ativista Comunitário
Rapper, ativista e articulador cultural, o manaura Jander agita a cena hip hop do Norte há 20 anos. Foi idealizador do Coletivo Origenas e produz eventos como a Virada Sustentável Manaus e a feira de criatividade da FAS. É um agente de transformação atuante em redes de conexões por todo o território da Amazônia Legal.

Juliano Assunção

Economista
Juliano Assunção é diretor executivo do Climate Policy Initiative (CPI), onde passou os últimos doze anos dedicado a avaliar a efetividade das políticas climáticas no país. Professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, Juliano coordena o Projeto Amazônia 2030, que tem por objetivo alavancar um plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira.

Laurent Troost

Arquiteto Urbanista
Laurent Troost é um arquiteto belga baseado em Manaus desde 2008. Ele é co-fundador de uma plataforma de residências artísticas na Amazônia, chamada “Labverde”, e de dois escritórios de arquitetura (“Laurent Troost Architectures” e “Troost + Pessoa Architects”). Além de sua prática, Laurent também foi Diretor de Planejamento Urbano da Prefeitura de Manaus de 2013 a 2020 e desde então foi também consultor do Grupo Banco Mundial.

Lis Carolina Martínez

Refugiada
Parte da imensa onda de refugiados venezuelanos para a Amazônia brasileira, Lis chegou ao Brasil em 2018 com dois filhos pequenos, carregando a história de uma população crescente que busca novas perspectivas de vida. É jornalista de formação, e no Amazonas atuou como cozinheira para sobreviver. Desde 2021, empreende no ramo da alimentação com a Arepa com Tucumã. Um ano antes, fundou a Associação Acompañadas, um projeto social para apoiar mães solteiras migrantes em seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Lucinha Cabral

Cantora
A manauara Lucinha é cantora, compositora e artista plástica. É uma das principais artistas da música popular amazonense, conhecida por sua voz forte e marcante, suas letras reflexivas e seu estilo eclético, que mistura elementos da música regional amazonense, da música popular brasileira e de outros gêneros. É seu jeito de defender a floresta.

Luis Fernando Laranja

Empreendedor
Veterinário e cientista focado em animais, Laranja tornou-se um empreendedor na Amazônia, buscando fazer uma ponte entre a Faria Lima, o centro financeiro do Brasil, e a floresta. É um dos pioneiros do Sistema B no Brasil e fundador do NoCarbon Milk, que levou ao mercado o primeiro leite do mundo com certificação de Orgânico, Carbono Neutro e Bem-Estar Animal. Pensa muito sobre formas de fazer com que as dezenas de milhões de cabeças de gado que já estão na Amazônia possam existir em harmonia com a floresta.

Maial Kayapó

Liderança Ativista
Maial Paiakan, do povo Kayapó, é uma defensora dos direitos humanos dos povos indígenas. Ela vem de uma família de mulheres e líderes que têm lutado e continuam lutando pelos direitos indígenas. Filha de Irekran Kaiapo e Paiakan Kaiapo, importantes líderes históricos de seu povo, Maial Paiakan seguiu os passos de seus pais , Paiakan lutou pela inclusão dos direitos indígenas na Constituição de 1988. Ela foi a primeira Kayapó a se formar em direito e decidiu entrar para a política, abrindo uma nova frente de batalha em defesa dos direitos indígenas e da proteção da floresta.

Maickson "Pavulagem" Serrão

Creator Ribeirinho
Creator Ribeirinho e Indígena da etnia Tupinambá, Maickson Serrão é jornalista e criador do Podcast Pavulagem, que conta histórias dos Seres Encantados da Amazônia. Maickson aborda uma variedade de temas, como a cultura, a história, a natureza e os desafios enfrentados pelos povos indígenas da Amazônia. Lançado em 2022, o podcast já conta com mais de 1 milhão de ouvintes. Maickson é membro do Global Shapers Manaus, comunidade ligada ao Fórum Econômico Mundial, e apresentador do podcast Rádio Sumaúma. Sua perspectiva única revela o encantamento da floresta.

Marcela Bonfim

Fotógrafa
Formada em economia pela PUC-SP, até os 25 anos Marcela se considerava uma negra embranquecida, que acreditava no discurso da meritocracia e ouvia dos pais que se estudasse conseguiria ter um bom emprego e ser feliz. Também criticava as políticas de ação afirmativa, como as cotas raciais, e dizia que eram uma demonstração de racismo. Ao chegar na Amazônia, em Porto Velho, tudo mudou. A partir daí, tornou-se militante pela causa das populações negras e povos tradicionais e seu olhar foi capturado pela negritude da Amazônia. Tornou-se fotógrafa e passou a preencher uma lacuna na representação da negritude na Amazônia.

Marcio Sztutman

Socioambientalista
Biólogo e cientista florestal com 25 anos de atuação na Amazônia e em outros biomas brasileiros, Marcio possui expertise em conservação ambiental, desenvolvimento rural, agricultura sustentável, povos indígenas, desenvolvimento de negócios e investimentos de impacto positivo. Já atuou no setor público, privado e terceiro setor, em posições técnicas e de liderança. Atua como uma ponte entre populações tradicionais e o mundo dos negócios para criar e acelerar empreendimentos focados no uso da terra que tenham o potencial de gerar impacto positivo. Dedica a vida a semear a colaboração.

Marina Silva

Ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima
Filha da floresta e sobrevivente da pobreza, Marina foi seringueira, empregada doméstica e professora, antes de ser reconhecida no mundo inteiro pela luta pela preservação da Amazônia. Única de sua comunidade a conseguir estudar, acabou tornando-se ministra do meio ambiente entre 2003 e 2008, e instituindo políticas de proteção à floresta que reduziram dramaticamente o desmatamento. Depois concorreu três vezes à presidência da República, defendendo um novo modelo produtivo para o Brasil, em harmonia com o planeta. Em 2023, reassumiu o mesmo ministério que já havia comandado, num governo de reconstrução.

Narubia Werreria

Liderança Artivista
Originária do povo Iny, da Ilha do Bananal, no Tocantins, Narubia tornou-se a primeira mulher indígena a ocupar o cargo de secretária estadual dos povos originários e tradicionais. Além de liderança indígena, se descreve como artivista ambiental: é poetiza, escritora, palestrante, cantora, compositora e artista visual.

Noemia Kazue Ishikawa

Micóloga
Descendente de japoneses, Noemia se apaixonou pelos fungos por influência do avô, que adorava cultivar cogumelos. Foi fazer seu doutorado na Universidade de Hokkaido, no Japão. Desde 2004, é pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, onde lidera o grupo de pesquisas sobre cogumelos. Noemia é também uma disseminadora da ciência. Além de autora de artigos e livros científicos, é escritora de livros infanto-juvenis, como “Embaúba: uma árvore e muitas vidas” (2016) e “Brilhos na Floresta” (2019), e também explora sabores: é co-autora do livro “Ana amopö: cogumelos” e da “Enciclopédia dos Alimentos Yanomami”, vencedora do Prêmio Jabuti na categoria gastronomia em 2017.

Pedro Vasconcelos

Virologista
Um dos infectologistas mais importantes de sua geração, Pedro Fernando da Costa Vasconcelos identificou mais de 100 novos vírus. Foi também coordenador da equipe do Instituto Evandro Chagas que demonstrou originalmente ao mundo que o zika vírus causa microcefalia e outras malformações congênitas. Ninguém melhor que ele para compreender o imenso risco de que surjam novas doenças, como o covid e a zika, que estamos correndo ao desmatar a floresta.

Seu Flechinha Francisco Bezerra

Mateiro
Seria impossível estudar, explorar ou mesmo visitar a maior parte da Amazônia se não fossem os mateiros: gente alfabetizada na língua da floresta, capaz de ler seus sinais e de se comunicar com ela. O Flecha é um dos mais lendários entre eles. Exerce essa função levando cientistas floresta adentro há mais de 30 anos. A maioria das pessoas, quando olha para a floresta amazônica, vê uma vasta mancha verde. Francisco não: ele enxerga uma infinidade de relações, de informações, de recursos e de personagens.

Tainá Marajoara

Ativista Alimentar
Tainá é uma cozinheira, realizadora cultural, curadora, professora e pensadora, descendente do povo Aruã Marajoara, do Pará. Ela é uma das principais vozes da luta pela preservação da cultura alimentar brasileira e indígena, contra o que ela chama de “gastronomia neoliberal”. A chef fala sobre soberania alimentar para garantir que os povos tradicionais tenham suas práticas culturais respeitadas e para que haja a proteção do patrimônio genético.

Thais Kokama

Artista Grafista
Descendente das etnias amazônidas Kokama e Sateré-Mawé, Thaís aprendeu a pintar com o cacique da aldeia Iambé, para onde se mudou com 18 anos. Ali, começou um trabalho de resgate cultural. Ela acredita que o grafismo é uma forma de diálogo entre os povos indígenas e os não-indígenas. A pintura e os traços tribais são uma prática milenar, com diferentes significados na cultura indígena e na vida cotidiana das aldeias, utilizados em rituais e como instrumento de cura. São também uma forma de comunicação entre indígenas de etnias diferentes, assim como uma forma de diálogo com a natureza e o sobrenatural. O grafismo tem sua própria língua.

Tom Matthews

Cientista Climático
Explorador da National Geographic, cientista climático e membro do corpo docente do King’s College de Londres, Tom tem interesse nos impactos sociais das mudanças climáticas. Isso o impulsiona a compreender os climas mais extremos do planeta. Sua pesquisa o leva a investigar desde ondas de calor tropical mortais até tempestades de vento severas em montanhas de clima frio, para mapear os limites do envelope climático da Terra e traçar o curso das mudanças. Seu trabalho revela a interdependência entre as geleiras dos cumes andinos e a imensa floresta amazônica lá embaixo.

Txai Macedo

Indigenista e Sertanista
Antônio Batista Macêdo, também conhecido como Txai, nasceu em 1952, no Acre. Foi seringueiro antes de servir no Exército Brasileiro. Mais tarde, tornou-se indigenista e sertanista, contribuindo para a demarcação de terras indígenas e a criação de reservas extrativistas na região. Participou intensamente dos processos de luta de povos indígenas e populações tradicionais, como os seringueiros. Como resultado, estes povos se libertaram de seus antigos patrões, os “senhores da borracha”, e imprimiram uma nova fase de sua história.

Valcléia Solidade

Quilombola Ambientalista
Paraense natural da comunidade quilombola Murumuru, em Santarém, Pará, Valcleia é gestora pública especializada em inovação e difusão tecnológica. Há quase 30 anos implementa projetos socioambientais na Amazônia, em parceria com movimentos sociais. Atualmente, é superintendente de desenvolvimento sustentável de comunidades da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

Valéria Paye Pereira

Cientista Social
Originária da terra indígena Parque do Tumucumaque, entre Pará e Amapá, Valéria é cientista social e dirigente importante do movimento indígena. Foi responsável pela articulação do movimento indígena amazônico com as outras regiões do país e pelo diálogo com representantes do governo e dos outros poderes sediados em Brasília. Participou da fundação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e da organização dos vários Acampamentos Terra Livre.

Vanda Witoto

Profissional da Saúde
Jovem liderança do povo Witoto, na fronteira com a Colômbia e o Peru, Vanda cresceu na comunidade Colônia, às margens do Rio Solimões, sem direito a terra demarcada. Atua na saúde pública lutando contra intermináveis emergências sanitárias. É diretora de políticas sociais e tecnologias na Fundação Rede, articuladora política da Associação dos Witoto do Alto Rio Solimões e empreendedora social no ateliê Derequine, produzindo uma moda política e ancestral.

Vanessa Hasson

Advogada por Direitos da Natureza
Essa advogada luta para que a natureza tenha seus direitos legais reconhecidos. Sua missão na vida é fortalecer o paradigma ecocêntrico em meio ao sistema antropocêntrico do Direito, prestando assessoria para o reconhecimento desses direitos na legislação brasileira. É autora do livro “Direitos da Natureza”, no qual defende que rios, montanhas e florestas, assim como o próprio planeta, merecem tanta proteção jurídica quanto eu e você.

Vitória Pinheiro

Ativista Climática
Ativista climática, comunicadora e empreendedora trans da comunidade negra e indígena do Zumbi dos Palmares, na periferia de Manaus, Vitória é diretora da Palmares LAB Ação e do PerifaConnection. Primeira da sua família de ribeirinhos a chegar à universidade, foi delegada jovem do Brasil na COP26 e COP27 e atualmente é a Ponto Focal Regional para a Região da América Latina e Caribe (LAC) no CYCSC, uma constituinte oficial das Nações Unidas para comunidades sustentáveis que promove o envolvimento dos jovens na governança multilateral e em espaços de tomada de decisão. Também é Jovem Líder da Comissão Europeia em Clima e Energia.

Organizing team

Rodrigo
V Cunha

São Paulo, Brazil
Organizer

Mari
Camardelli

São Paulo, Brazil
Co-organizer
  • Ana Goelzer
    Team member
  • Ana Paula Silva
    Team member
  • Bruno Cheuiche
    Curation
  • Caetano Tona
    Team member
  • Camila Dias
    Marketing/Communications
  • Caroline Takita Levy
    Team member
  • Eduardo Camargo
    Marketing/Communications
  • Georgia Lima
    Team member
  • Guilherme Arthur Geronimo
    Operations
  • Helder Araujo
    Curation
  • Igor Beydoun
    Team member
  • João Victor de Melo
    Production
  • Kamila Camilo
    Team member
  • Laura Camardelli de Brum
    Production
  • Maria Parente
    Production
  • Mario Gioto
    Operations
  • Robert Muggah
    Curation